quarta-feira, 22 de junho de 2011

Despertar é preciso


Acredito que muito do que vivemos, os sofrimentos, as angústias, os medos, poderiam e podem ser evitados quando nos percebemos e nos damos a chance de sermos nós mesmos, ou seja, ter nosso espaço, nossa voz, nossos desejos preservados e comunicados a quem quer que seja.
Por isso coloco aqui um dos textos de um autor russo maravilhoso, que amo de paixão, Maiakóvski. É preciso despertar para a vida, para as transformações, nada é fixo, sempre há uma saída.
Nossos filhos são a prova disso e também são nosso desafio constante, para que não sejamos nós os primeiros a calar-lhes a voz!

DESPERTAR É PRECISO

Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma Flor do nosso jardim e não dizemos nada.
Na segunda noite, Já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão, e não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, Já não podemos dizer nada.

Vladimir Maiakóvski

Relato de amamentação e processo de introdução de alimentos da Manuela


Segue o relato que fiz da amamentação e processo de introdução alimentar de nossa filhota Manuela. Escrevi quando ela estava com quase 11 meses. Agora a pequena está com 1 ano e 3 meses, nossa como passa rápido.

Vamos lá:

Bem, não tinha pensado, até hoje, em fazer o relato do processo de amamentação da Manuela, nossa filhota de 10 meses e 3 semanas de LM em LD e atualmente em pleno processo de introdução alimentar, que é um relato a parte.

Quando engravidei da Manuela pensei muito em ter parto normal e apesar dos meus problemas epilepsia e diabetes tipo 2, estava disposta a fazê-lo apesar do meu medo com relação ao que aconteceu com minha mãe (faleceu no meu parto, devido a pressão alta), porém na 37 semana de gestação desenvolvi um polihidrâminio por causa da diabetes que não possibilitou levar a gravidez até o final. Tudo bem, passei por uma cesária e nossa filhota linda nasceu com 3,05kg e 0,45 cm comprimento, uma meninona linda e saudável,, nota apgar 9 e 10. Pedimos para que a colocassem no peito ali mesmo no centro cirúrgico, mas logo a levaram...ahhhhh os procedimentos...

Na manhã seguinte foram aquelas enxurradas de enfermeiras, nutricionistas e etc dizendo como fazer para amamentar, pega sua mama daqui, aperta dali, cada uma dizendo uma coisa, segura a cabeça da criança, encaixa, solta o ombro, relaxa, faz massagem, e a pequena só pegava direito, ou melhor, qdo todo mundo ia embora, só eu e ela nos entendíamos...mas ela só queria dormir e ficava pouco no seio.

No segundo dia a tarde um susto minhas mamas pareciam de pedra e doloridas e a bebezinha só dormia...mamava pouco...E mais enfermeiras falando e falando...Mãe, vc não esta fazendo direito, relaxa, se vc ficar nervosa o bebê sente e não mama direito...Affff...

No terceiro dia de manhã já tudo pronto para ter alta a notícia, Manuela teria que ficar no banho de luz por causa da icterícia...Nosso mundo desabou, pois eu sairia de alta e ela não...

Com isso acabei ficando recém operada na sala de espera da maternidade para dar de mamar pra filhota de 3 em 3 horas, pelo menos durante o dia e a noite e de madrugada dariam o meu leite que tirei nos intervalos no banco de leite, ficando apenas 1 mamada com complemento na madrugada, se necessário. Fomos nesse ritmo por 4 dias, tempo em que Manu ficou no hospital, minhas mamas duras, eu tendo que massagear e com dificuldade, pois tive síndrome do túnel do carpo na gravidez, não sentia a ponta dos dedos, estavam dormentes e doloridos, fazia a massagem com a lateral dos polegares e meu marido tb ajudava. Tirar o colostro/leite no banco de leite da maternidade tb foi fundamental nesse período. Lembro-me que usei uma máquina super forte usadas por mães funcionárias da maternidade, nossaaa esfolou tudo... e dá-lhe pomadinha de lanolina...que por sinal me ajudou muito, pois os bicos esfolaram um pouco nessa época mas nunca chegaram a rachar. 

Tb foi uma luta para amamentar minha filha nesse período, pq algumas funcionárias da fototerapia não queriam tirar a faixa de proteção dos olhos da Manu, por pura preguiça de ter que colocar novamente depois para que ela pudesse mamar...Rodei a baiana...e tb não queriam que eu amamentasse minha filha alegando que se tirassem a bebê da fototerapia muitas vezes o tratamento não faria efeito. Mas e o meu contato com ela, e a nossa relação? Isso não poderia ajudar na recuperação dela tb? Enfim, mas um motivo para stress e confusão com o corpo de enfermagem...mas conseguimos enfrentar...vi surgindo naqueles primeiros dias a leoa dentro de mim...uma forca que nunca havia sentido antes, era capaz de enfrentar o mundo por nossa pequena filha.

Fomos levando assim ate sua alta, 4 dias após a minha. E me vi com aquela pequena criaturinha indefesa nos braços saindo da maternidade e ainda no hall um pianista tocava:  EU SEI QUE VOU TE AMAR! POR TODA MINHA VIDA EU VOU TE AMAR! EM CADA DESPEDIDA EU VOU TE AMAR! DESESPERADAMENTE EU SEI QUE VOU TE AMAR!

Parei e me acabei em prantos...Eh, agora era por nossa conta! Que medo!

Chegamos em casa e meu marido teria que sair logo em seguida por um compromisso inadiável.
Ficamos em casa eu e Manu que não quis mamar de jeito nenhum, ficando mais de 5 horas sem mamar e só dormindo.

Entrei em desespero, mas depois meu marido chegou e ela voltou a mamar...Estava em casa agora...protegida afinal!

Nos primeiros dias foi difícil, ela mamava por muito tempo, o peito doía, tinha cólicas e me sentia impaciente, pois estava cansada e nunca sabia que horas ela iria parar...Mamava praticamente o dia todo e a noite acordava e mamava muito tb. Eu pensava, mas será que é assim mesmo, essa dor, tanto tempo mamando? Mas com o passar dos dias foi ficando mais tranquilo, ela pegando mais fácil o peito, eu não sentia mais dor e nossa relação foi tb ficando mais forte.

Por volta dos 3 meses ela mamava muito e chegava até a vomitar de tanto que mamava, nessa fase acabamos dando a chupeta que ela chupou por um curto tempo, pois fez com que perdesse peso ja que ela passou a mamar menos. Com a retirada da chupeta ela voltou a mamar mas não tanto que chegasse a vomitar e voltou a ganhar peso.

Manu foi amamentada exclusivamente com LM em LD até mais ou menos 7 meses, pois não mostrou nenhum interesse por alimentos aos 6 meses e decidimos junto com a pediatra dela, Dra. Nina que poderíamos começar a introdução alimentar mais tarde. Esse processo ainda não ingrenou, Manu só passou a comer melhor, mesmo assim, come bem as frutas, agora depois dos 10 meses, antes disso só experimentou os sabores, está assim ainda com as papinhas salgadas, mas não temos pressa...estamos no tempo dela.

Para chegar até aqui, passamos por papinhas com várias consistências, até descobrirmos que ela gosta mesmo é de pedaços, e sem nenhum dentinho, pois só agora com 10 meses e meio que estão nascendo os dois primeiros.

Enfim, Manuela vem nos mostrando a cada dia sua peculiaridade, suas particularidades e por que não dizer sua personalidade...

Procuramos a cada dia dar a ela o espaço que é dela em nossas vidas...o espaço para que ela possa crescer com a certeza que esta sendo amada pelo que é não pelo que queremos que seja.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Que fome é essa?

Pensando na letra da música abaixo reflito: que fome é essa que pode até destruir? Fome de quê??? Faz pensar...


Fome Come

Gente eu tô ficando impaciente
A minha fome é persistente
Come frio come quente
Come o que vê pela frente
Come a língua come o dente
Qualquer coisa que alimente
A fome come simplesmente
Come tudo no ambiente
Tudo que seja atraente
É uma forma absorvente
Come e nunca é suficiente
Toda fome é tão carente
Come o amor que a gente sente
A fome come eternamente.
No passado e no presente
A fome é sempre descontente
Fome come fome come
Se vem de fora ela devora ela devora ela devora
(qualquer coisa que alimente)
Se for cultura ela tritura ela tritura
Se o que vem é uma cantiga ela mastiga ela mastiga
Ela então nunca discute só deglute só deglute
E se for conversa mole se for mole ela engole
Se faz falta no abdome fome come fome come
Gente eu tô ficando impaciente
A fome sempre é descontente
Toda fome é tão carente
Qualquer coisa que alimente
Come o amor que a gente sente come o amor que a gente sente!

Dos frutos que caem


Dos frutos que caem longe

No fundo, é só isso que importa...
A pele na pele, no fundo dos olhos...
O sorriso que paga tudo, compra tudo, me rende e me faz pensar
Se vale mesmo a pena querer cortar o cordão...

Mas que besteira afinal,
Que ultraje mais descabido,
De quem tanto quis cortar o cordão da onde veio
Se ver tão triste por começar a cortar o daquele que se vai...

Mas no fundo a gente sabe
Que quem de nós veio
Desabrocha e brota em outro canto,
Que árvore grande às vezes cobre o sol...

Que maluquice é essa,
De ser árvore que gera e espalha frutos
E se ver, ao mesmo tempo
Tão sozinha de ver cair longe para brotar a sua própria semente?

A auto-estima de seu filho


A auto-estima de seu filho
por Milagros Pérez Oliva

Conseguir que os filhos tenham auto-estima elevada é um dos objetivos que se colocam muitos pais, mas nem sempre os métodos que utilizam para tanto são os mais adequados. Às vezes, querendo cultivar a auto-estima, o que fazem é fomentar a egolatria. A linha que separa a auto-estima da egolatria se origina nas primeiras relações que a criança tem com seu entorno.

Todos os pais querem que seus filhos sejam felizes e estão dispostos a fazer o possível para consegui-lo, mas muitas vezes tentam pelo caminho errado. Conscientes de que a base da felicidade está em uma boa auto-estima, muitos pais se preocupam em seguir estratégias que permitam cultivar a auto-estima dos filhos, mas às vezes erram o caminho e, em vez de uma criança feliz e equilibrada, acabam cultivando um ególatra, um pequeno tirano. Saber encontrar a linha divisória entre auto-estima e egolatria é um dos nós da psicologia evolutiva.

Dorothy Corkille, em "El niño feliz" (ed. Gedisa) , obra que já tem 31 edições, estabelece uma primeira diferença: "Auto-estima é o que cada pessoa sente por si mesma. Seu julgamento geral sobre si mesma, na medida em que sua própria pessoa lhe agrada. Auto-estima elevada não consiste em uma presunção ruidosa. É, sobretudo, um respeito silencioso por si mesmo, a sensação do próprio valor. Quando alguém a sente no fundo de seu ser, alegra-se por ser quem é. A presunção, em troca, não passa de uma capa delgada que cobre a falta de auto-estima. Aquele cuja auto-estima é elevada não perde tempo em impressionar os demais: sabe que tem valor".

Esse é o ponto de chegada, mas qual é o caminho? O caminho começa no próprio momento em que a criança abre os olhos e começa a ver o mundo. A psicanalista Isabel Menéndez afirma: "Entende-se por auto-estima que a criança tenha uma percepção de si mesma como alguém valioso e querido, especialmente pelos pais. Ela é construída quando os adultos acompanham a criança no crescimento, impondo-lhe limites, quer dizer, educando-a e formando sua personalidade. E fazendo-o com respeito, que consiste em não forçar a criança, mas sim motivá-la para que aja de determinada maneira".

"Auto-estima é a capacidade de estar bem consigo mesmo e com o entorno, em um sentido profundo, íntimo", acrescenta Lurdes Cestero, psicóloga clínica. "Às vezes se confunde auto-estima com egolatria. A egolatria é uma estima inflada, baseada em ouvir 'você é maravilhoso', 'você nunca tem culpa de nada'. Na realidade, o que a criança percebe é que seus pais negam suas verdadeiras necessidades, que no fundo a ignoram, com o que estão lhe dizendo que não tem valor."

As crianças nascem sem nenhum sentido do eu. Vão construindo-o conforme vivem, mas como constroem a idéia de si mesmas? Corkille utiliza uma metáfora muito bonita para explicar isso, a teoria dos espelhos: as crianças constroem sua identidade a partir das imagens de si mesmas que observam projetadas nos outros. O primeiro espelho no qual se olham é o olhar da mãe, o rosto do pai, as emoções que sua mera existência provoca neles. Os pais são um espelho psicológico no qual os filhos se vêem; vão se construindo por dentro em função do que observam de si mesmos no espelho que são os pais e as pessoas próximas.

Se percebem que são valiosos para seus pais, se sentirão valiosos. Mas o espelho é feito de um vidro emocional muito delicado. Não é feito só de palavras; por isso não basta dizer cem vezes à criança "eu a amo" se o espelho do olhar, da expressão, o discurso não-falado, o que nunca engana, diz outra coisa. "Para sentir-se completamente bem por dentro, as crianças precisam de experiências vitais que provem que elas são valiosas e dignas de serem amadas", diz Corkille.

"Os pais são o modelo para tudo, tanto pelo que dizem como pelo que não dizem, e principalmente pelo que fazem", acrescenta Cestero. Ela observou em seu consultório que o amor e a atenção geram um círculo virtuoso, às vezes em ambas as direções: "Em geral, se a auto-estima dos pais está bem, a da criança também costuma estar", explica. "Para alguns pais, o fato de ter um filho é um motivo para fazer uma grande mudança interior. O amor pela criança os ajuda a modificar coisas que não gostam em si mesmos. E se a mudança funciona e é gratificante, se consolida."

Mas a auto-estima pode se ressentir se a imagem que a criança percebe no espelho das pessoas das quais depende for distorcida ou negativa. "Às vezes a origem do problema é que os pais transferem para os filhos suas próprias insatisfações", explica Menéndez, e alguns, mais que amor, lhes dão consentimento. Os pais que, querendo dar amor, consentem tudo, não estão cultivando a auto-estima dos filhos, mas sua egolatria. "Uma criança ególatra é aquela que foi colocada num pedestal", continua.

"São crianças às quais não se impuseram limites e que acabam sendo tiranas. Pode haver tiranos porque os adultos dão demasiado ou porque dão muito pouco. Também há falta de auto-estima por excesso de proteção. A superproteção não protege realmente a criança. A mãe superprotetora é mais dependente do filho, este percebe isso e pede cada vez mais. Acredita que a mãe é todo-poderosa e pensa que todo mundo é assim e que está à sua disposição. Um ególatra é uma criança que não foi frustrada adequadamente no momento em que era preciso fazê-lo, e no fundo também pode haver um grande sentimento de abandono, porque deixá-la fazer o que quer é na realidade abandoná-la."

Muitos pais não sabem ou não levam em conta que impor limites a seus filhos é amá-los. "Muitas vezes, quando os pais não colocam limites, na realidade estão depositando seu próprio narcisismo no filho", afirma Menéndez. "São pessoas que se sentem frustradas por não poder fazer o que querem e compensam essa sensação deixando que seu filho faça o que quiser."

Cestero insiste na importância do princípio de aceitação e acompanhamento."Para que a criança se sinta valorizada, é muito importante diferenciar entre o comportamento da criança e a própria criança." Uma coisa é o que ela faz, algo que pode ser modificado, e outra o que ela é. Quando é corrigida, é preciso incidir sobre o que ela faz, sem questionar o que é. Ela é sempre amada pelo que é, mas é corrigida pelo que faz. É uma distinção sutil, mas de grande alcance. "É preciso dizer: 'isso que você fez não está certo', mas mantendo a conexão amorosa."

Essa distinção entre o ser e o fazer deve se refletir tanto na atitude quanto na linguagem. Não é a mesma coisa repreender uma criança que quebrou uma coisa dizendo-lhe que não deve pegá-la assim porque quebra, ou lhe dizer que é uma desastrada. Que uma coisa se quebre é um acidente, que alguém seja desastrado é um atributo que o define.

Menéndez descreve alguns dos sinais que podem alertar sobre a baixa auto-estima. Por exemplo, fazer constantemente coisas transgressivas só para chamar a atenção; ou a necessidade excessiva de destaque e de liderança também pode esconder uma criança narcisista com baixa auto-estima. "Como não se sente bem por dentro, tem necessidade de buscar constantemente a aprovação externa", explica. Isso também pode se expressar, no caso de crianças muito tímidas, na dificuldade para expressar seus sentimentos, em uma tendência a fechar-se.

O resumo seria que a auto-estima se constrói quando os pais apóiam seu filho com todas as suas conseqüências, seja como for, com as limitações que tenha, mesmo que não se adapte ao que eles esperavam. A criança deve perceber um amor incondicional, mas para que o perceba o amor deve ser efetivamente incondicional. Stanley Coopersmith, uma das referências em psicologia infantil, demonstrou com seus estudos que a auto-estima não tem a ver com a posição econômica da família, nem com a educação, nem com o lugar onde se nasce ou se vive. Não tem a ver com o nível educacional dos pais nem com o fato de a mãe trabalhar ou não. "Depende simplesmente da qualidade das relações que existem entre a criança e as pessoas que desempenham papéis importantes em sua vida", escreveu.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Época de festas juninas, época de pinhão!

Achei um barato a Pesquisa do blog Casinha da Árvore que vou postá-la aqui. Não tem haver com maternidade, mas tem relação com festas juninas e preservação então o assunto é atual.
No próximo post vou falar das festas que estão rolando por toda cidade, bem bacana!
A pesquisa é sobre o pinhão, conhecem? No final vou incrementar a pesquisa e postar uma receita com pinhão. Hummm já deu vontade de comer e apresentar esse novo sabor pra Manu. Mas vamos ao que interessa!


Afinal, o que é o pinhão?

E aí, pessoal! Como vai todo mundo?

Nesta época de festa junina eu gosto muito de participar das brincadeiras, ganhar prendas e me divertir. Mas o que eu mais gosto de comer é o pinhão. Sempre me pergunto o que é: fruto, semente ou inflorescência do pinheiro? Fui pesquisar!

Vou contar tudo o que descobri! Acompanhem, amigos da Turma!

O pinhão que comemos é uma semente que pode ser de algumas espécies de árvores da família das pináceas e das araucariáceas. Ela fica localizada dentro da pinha que é o fruto, por exemplo, da Araucária. Então, é assim: a árvore Araucária tem seu fruto que não é comestíve e dentro dela estão as sementes que são os pinhões que, quando cozidos, podemos comer. Que interessante! Já viu esta semente, não é? Todos já provaram?

Propriedades: Ela tem forma quase triangular e mede em torno de 6 cm, a parte de dentro é branca recoberta com uma casca lisa de cor castanha. É basicamente de amido, aquele também encontrado na batata, arroz e feijão. Possui proteína, cálcio, ferro, vitaminas, A, B1, B2, B5, C, fósforo e lipídios. Uau é um alimento muito nutritivo!
Agora é só pedir para um adulto cozinhar o pinhão em água fervente até que a casca comece abrir e a polpa fique macia. É rápido e fácil!

*Curiosidades bacanas*

• A pinha, fruto onde estão aglomerados os pinhões, leva dois anos para amadurecer.
• A resina do pinhão serve de base para a fabricação de alguns produtos como a acetona e vernizes.
• Entre maio e julho, as pinhas das araucárias ou pinheiros brasileiros liberam as sementes, provavelmente com a dilatação, devido ao aquecimento do sol e os pinhões espalham-se num raio de 50 metros. Esta é uma maneira de fazer a disseminação.

Disseminação?

Significado: Dispersão, derramamento, propagação. Na botânica – dispersão natural das sementes pelo solo na época de sua maturação, ou seja, espalhar sementes para nascer novas árvores.

Informações legais:

Estes pinheiros, dos quais estamos falando, são predominantes em lugares mais frios aqui no Brasil. Na região Sul, por exemplo, existe a Mata de Araucárias, pois, o clima da região possui estações delimitadas e o inverno bem gelado, mas esses pinheiros também são encontrados em outras regiões em planaltos e fazem parte da Mata Atlântica.
Infelizmente a Araucária já foi muito desmatada e outra ameaça a esta espécie é o aquecimento global, pois, ela se desenvolve numa faixa de temperatura entre 5 e 17°C. E é endêmica da América do Sul, sendo também encontrada em algumas regiões do Uruguai e Argentina. Vamos preservar as matas!

Hum... Mas que vontade de comer pinhão! Quero que chegue logo o final de semana pra aproveitar o arraial!

Curtiram a pesquisa? Até a próxima!

Tuca

Pesquisa e texto da bióloga e colaboradora do Estúdio, Élen Soares, que aguarda ansiosamente o pinhão ficar pronto na panela!

Vamos a receitinha que é tão básica que até eu faria rsrs...  

ESPAGUETE AO MOLHO DE PINHÃO

Ingredientes:
- 1/2 kg de espaguete
- 1 copo de óleo
- 1 copo de água
- 1 cebola pequena picada
- 3 folhas de manjericão
- 1 tomate picado
- 1 1/2 xícara de pinhão cozido e moído
- sal

Modo de preparar:
Cozinhar e escorrer o espaguete.
Refogar no óleo a cebola, o tomate, o manjericão picado, o pinhão e a água.
Levar ao fogo, ferver até virar um molho. Se necessário, acrescentar mais água.

Receita retirada do livro I Festa do Pinhão

Eu, substituiria o óleo por azeite!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Birra? Sofrimento? O que seu filho está querendo te dizer!

Quando seu filho chora o que ele está tentando te dizer?
Estamos passando um período difícil com nossa Manu e após conversas com algumas mães de grupos que faço parte, resolvi postar esse texto bacana que encontrei no blog da também bacana Loja Laranjeiras Kids. Vale a pena dar uma lida.


Todos já vimos a cena clássica em shoppings e supermercados: uma criança chorando, gritando e esperneando, se jogando no chão e pedindo algum brinquedo ou produto, e os pais, entre surpresos e desconcertados, não sabendo contornar a situação. Ou ignoram, e passam por negligentes que não sabem educar, ou tentam conter a criança, e as pessoas lhe dedicam olhares desaprovadores, por estarem sendo muito duros com o próprio filho. Quem tem filhos pequenos fica imaginando o que fará quando chegar a sua vez, ou torce para que nunca aconteça. A situação é constrangedora, e mais comum do que se imagina. Antes de pensarmos na melhor maneira de contorná-la ou eliminá-la de vez de nossa vida familiar, vamos tentar conhecer porque estas cenas ocorrem.
  A pergunta que podemos fazer é o que aconteceu com nosso bebezinho risonho, dependente de colo e afeto para tudo? Porque as crianças fazem estas cenas? A boa notícia é que ele está crescendo, adquirindo cada vez mais independência e autonomia. A má notícia, é que por ser ainda uma criança pequena, ele não tem ainda maturidade para estas conquistas acontecerem sem crises emocionais ou de comportamento. Pode-se dizer que é uma prévia do que teremos de enfrentar na adolescência, daqui a alguns anos.

OS TERRÍVEIS DOIS ANOS

Mais ou menos aos dois anos de idade, a criança percebe a si mesma como um ser de vontades e desejos, que passa a se interessar por coisas diferentes do que fazia até então. É também nesta fase que maioria das crianças consegue deixar as fraldas, um marco muito importante na conquista de sua independência. Ela domina os movimentos de seu corpo, sua linguagem está a cada da mais desenvolvida, suas relações sócio-afetivas estão se expandindo para fora de seu círculo familiar. Enfim, está pronta para conquistar o mundo. Não é mais um bebezinho, é uma criança grande, com vontades que se voltam para o mundo exterior. Ela quer muitas coisas, como fazer só o que tem vontade, na hora que quiser, quer deixar tudo espalhado pela casa, que todos os brinquedos que estão na loja, e todos os "não" que ouvir serão encarados como uma barreira às suas vontades e necessidade de autonomia. O que ela faz? Reage às sanções da forma que vem utilizando desde que nasceu, com o método que conhece e que vinha funcionando até agora: choro e gritos. Ou recorre aos tapas e puxões, respostas imaturas ao que lhe contraria. Bem vindos aos chamados "terríveis dois anos".
Claro que esta idade é um referencial, e varia dependendo da realidade de cada família, mas certamente este comportamento acontecerá até os três anos, com maior ou menor intensidade. É a fase da teimosia, das birras e quando as palavras que mais ouviremos de nossos filhos é "não" ou "não quero". O mais importante é saber que é uma fase normal, apesar de difícil, e indica que nossa criança está crescendo adequadamente. O papel dos pais neste momento é auxiliar a criança a se controlar, mostrando aos poucos as censuras sociais, as regras de convivência, e mostra a ela a dura realidade de que na vida não podemos fazer tudo o que queremos o tempo todo. Aos poucos, a criança vai internalizando estes conceitos, compreendendo que é necessário respeitar limites, as vontades das outras pessoas, e suas necessidades. Ela precisa entender que não temos somente direitos, mas também muitos deveres no mundo.

• Nesta etapa, o que podemos chamar de educação social, ou educação para a vida, se intensifica. A família não pode ficar sem tomar atitudes, assustada com as reações agressivas da criança, ou achando bonito ele ter "personalidade forte". É o momento de educar esta criança para a vida no mundo, e se não for feito agora, no futuro ela certamente terá muitas frustração, pois o mundo mostrará que ela está errada;

• Firmeza e consistência nas decisões: "não" é "não". Claro que o que for possível, deve ser negociado, pois é este conceito que tentamos desenvolver com a criança, e não somente o não pelo não. E os adultos devem estar de acordo entre si, para não confundir a criança, ou passe a manipular os adultos, recorrendo ao pai quando a mãe diz Não, e vice versa.

• Para o momento da birra e teimosia, ou da crise séria, com direito a choro, gritos e a criança rolando pelo chão, existem algumas técnicas. As mais comuns, e que funcionam bastante:

- segurar a criança no colo, e retira-la do local, sem maiores conversas. No auge da crise, a criança está descontrolada e não vai negociar. Quando estiver fora do local, explicar, olhando para a criança e calmamente, que este comportamento não pode ser aceito em nenhum lugar, e que terá uma conseqüência, como não voltar mais ali. Se a promessa for cumprida, o fato não se repetirá;

- distrair a criança: na hora da teimosia, ou quando a situação está evoluindo para uma crise, tentar mostrar algo interessante, um brinquedo, um objeto, ou qualquer coisa próxima. Geralmente, o choro passa.

- se a criança não estiver descontrolada, e conseguir escutar, basta ficar em sua altura, e lhe dizer com firmeza que aquele não é o momento de fazer o que ela quer, ou que naquela hora, o adulto não pode atendê-la, e seguir o que estão fazendo, chamando sua atenção para coisas que ela pode fazer, como colocar as compras no carrinho, escolher produtos que pode levar, etc.

- sempre que possível, oferecer alternativas: "agora, aqui, o que você pode fazer (levar, escolher...) é isso ou aquilo. Com a criança tendo menos opções, e podendo participar, a crise é facilmente controlada.

• Lembre-se de que tudo acontece nesta fase porque a criança tem necessidade de ser e fazer, participar do mundo e suas ofertas. Possibilite situações em que ela possa fazer isso, sentindo-se importante e autônoma. Auxilie, e tente não tolher seu crescimento. Ela não é mais um bebezinho. E sim, é triste, mas faz parte da vida: começamos nesta hora a educar nossos filhos para o mundo, e não somente para nós.

• Não deixe que a opinião de pessoas desconhecidas lhe afete. Ignore os olhares de reprovação, ou aqueles que dizem: "ah, se fosse me filho...". Você conhece sua criança, e deve buscar o que é melhor para ela. Leia, busque informações sobre esta etapa, converse com quem tem filhos nesta idade, procure quem possa ajudar, crie sua técnica, e adote um mantra: "é normal e vai passar, é só manter a calma."

• Cuidado: por mais difícil e irritante que esta fase seja, saiba que ela passa, e que a criança precisa de compreensão, portanto evite sempre os castigos físicos, os tapas, beliscões e afins. Queremos que a criança entenda que a violência não é um comportamento aceitável, portanto, não podemos resolver a situação da mesma forma que ela. Explique e negocie sempre. Se você estiver perdendo o controle, respire fundo e afaste-se. Quando sentir-se melhor, chame a criança e converse. Mas nunca deixe uma crise sem resposta, ou a criança vai se acostumar a não ter conseqüências para seus atos.


Jesiane M. Fernandes

Pedagoga especialista em Psicopedagogia.
em  http://www.guiainfantil.com.br/

terça-feira, 14 de junho de 2011

Bonita e moderna no inverno!

Para as mamães que curtem um friozinho e adoram ficar na moda!


Adorei!!!!

Definição de filhos por José Saramago


"Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo ! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder?
Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo".

O papel do Pai


O Papel do Pai

Frente à angústia, a confusão, e o cansaço que sofremos quando temos filhos pequenos nós mulheres queríamos ter a mão uma série de “obrigações” para empurrar ao varão a quem percebemos mais livres e autônomos e com uma vida que não mudou tão drasticamente como a nossa. Somos nós mulheres quem necessitamos crer que um “bom pai” se ocupa de tal e qual maneira dos filhos que temos em comum. Mas quanto isto não ocorre, nos constrange o rancor e o desapontamento.
O papel que cada um assume são fatos culturais. Os personagens que repartimos entre todos para que uma cena possa ser representada. De forma que, quando uma criança entra em cena (ou nasce), todos os papéis que tínhamos nos atribuído se desacomodam. Nós as mulheres nos encontramos em lugares que não havíamos disposto de nós mesmas, nos sentimos fora do mundo, sós, exageradamente solicitadas, destroçadas, entre permanecer nos lugares onde havíamos forjado nossa identidade, ou pendentes das necessidades da criança pequena. Frente a este panorama observamos o varão que não está nem destroçado nem lutando entre novas e velhas identidades, nem ferido, nem esgotado. Por tanto nos parece evidente que teria que assumir parte das tarefas que por caráter transitivo de gênero, assumimos quando nos tornamos mãe. E assim se põem manifestos os desacordos ocultos do casal.
Pois bem. Sobre tudo isso vale apena conversar. Porque a presença de uma criança nos obriga a pensar como vivemos, o que esperamos uns dos outros, que organização familiar estamos dispostos a construir e quanta generosidade temos disponíveis. Por outra parte, os papéis que assumimos serão funcionais de acordo a se planejamos juntos ou não. Por exemplo, se assumimos que a mãe vai se encarregar emocionalmente da criança, necessitará que alguém se encarregue emocionalmente dela. E o varão que tem ao lado dela possivelmente seja o melhor postulante para esse papel. Nesse caso não importa o que faz em função a paternidade, não importa se dá o banho, ou se acorda a noite para acalmá-lo. Porque é pai na medida em que sustenta emocionalmente a mãe para que tenha forças afetivas suficientes para embalar a criança.
Em troca se a mães não tem disponibilidade emocional para a criança, ou não tem possibilidades de permanecer ao seu lado por que a economia familiar depende dela: possivelmente tenha um varão mais carinhoso e em aparência “bom pai” que se ocupa da criança. Sem embargo, de um modo pouco visível está obrigando a sua mulher a abandonar seu desdobramento maternante e desviando sua preocupação para a aquisição de alimento. Nestes casos, o varão não possibilita nem facilita uma permanência suave e dedicada da mãe até seu filho. E isto não é um dado menor, ainda que nós mulheres modernas crêssemos que a igualdade de direitos se baseia em que tanto as mulheres como os homens assumimos indistintamente a criação dos filhos: do ponto de vista da criança, não é o mesmo receber cuidados “ maternantes” femininos que cuidados “partenantes” masculinos. E isso que nem se quer estamos falando da amamentação, fato que requer permanência e disponibilidade insubstituível por parte da mãe.
O ideal seria que os papéis estivessem atribuídos para jogar o jogo familiar. A maioria das vezes isto não ocorre. Há um papel que poucas vezes assumimos, sejamos mulheres ou homens. É o papel de quem se despoja de suas próprias necessidades a favor das necessidades básicas impostergáveis urgentes e insubstituíveis das crianças pequenas. Quando subestimamos os tempos lentos das crianças, a necessidade de contato, de braços, de presença física e de escuta genuína, ninguém assume o seu papel.
Falar do que cabe ao pai fazer ou do que corresponde fazer a mãe, nos coloca na luta interminável por quem consegue resguardar mais de si mesmo. É verdade que nos falta jogar para a cena familiar. Na maioria dos casos ficamos sem família estendida, sem bairro, sem aldeia, sem mulheres experimentadas nem grupos de pares para fazermos cargo mancomunadamente das crianças pequenas. Estamos todos muito sós e exigidos. Nesse sentido, os varões que desejam ser bons pais tão pouco conseguem responder as expectativas. Falham. Estão cansados. Recebem palavras de desprezo. Se sentem pouco valiosos. Escassamente potentes. E supõem que deveríam fazer o que não fazem, quer dizer, chegar cedo a casa, se ocupar da criança, acalmá-la, brincar com ela, ser paciente.
Pensar o papel do pai dentro da família moderna tem que coincidir com o pensamento mais generalizado sobre como vivemos todos nós, como e onde trabalhamos, como circula o dinheiro, quem administra, como nos viramos a respeito do poder dentro das relações, como circula o amor e o diálogo dentro do casal e sobre tudo qual a importância que damos a liberdade e a autonomia pessoais. Porque é importante ter em conta que se estamos apegados a própria autonomia a criança não conseguirá receber o que precisa. E se recebe o tempo e a dedicação será em detrimento da liberdade da mãe. E desde esse lugar da perda de liberdade, nós as mulheres nos colocamos exigentes com os varões, queremos definir claramente qual papel eles deveriam assumir. Com o que estamos chateados uns com os outros. Por isso não passa por lutar para determinar quem tem mais liberdade, atribuindo deveres a torto e a direito, porém passa por revisar qual capacidade de entrega temos uns com os outros. A maternidade e a paternidade não combinam muito com a autonomia e a liberdade pessoal. Nesse ponto dá na mesma ser mulher ou homem.
Talvez seja tempo de olharmos honestamente e reconhecer o que é que cada um de nós está disposto a dar. Comprometermo-nos a isso e não mais. Aceitar nossas limitações e nos darmos conta que nos complementamos. Que há algo que o outro oferece que ele mesmo não seria capaz e que se não dá “tudo” que queríamos, não o coloca no lugar de “não dá nada” e sim “que dá algo diferente”. Desse modo perdem sentido todas as discussões sobre os papéis adequados, o que se deve ou não fazer frente a algo tão difícil como criar crianças pequenas.

Laura Gutman
Tradução Flavia Penido

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Laura Gutman - Vídeo, para ver, sentir, refletir!

Muito bom o vídeo.
Para ver, sentir, refletir.

O puerpério

Estou lendo um livro muito bom, A maternidade e o encontro com a própria sombra, de Laura Gutman. Com certeza vou falar mais do livro no futuro, porém achei textos traduzidos no blog http://bebedubem.blogspot.com e aproveito para compartilhar com vocês. É para ler e refletir, vale a pena!


O Puerpério
Por Laura Gutman
(tradução livre de Flavia Penido)

Vamos considerar o puerpério como o período que transita entre o nascimento do bebe e os dois primeiros anos, ainda que emocionalmente haja um progresso evidente entre o caos dos primeiros dias – em meio a um pranto desesperado - e a capacidade de sair ao mundo com um bebe nas costas.
Para tentarmos submergir nas difíceis trilhas energéticas, emocionais e psicológicas do puerpério, creio necessário reconsiderar a duração real deste trânsito. Refiro-me ao fato que os famosos 40 dias estipulados – já não sabemos por quem nem para que - tem a ver só com o histórico veto moral para salvar a parturiente do pedido (reclamo) sexual do varão. Mas esse tempo cronológico não significa psicologicamente um começo nem um final de nada.
Minha intenção – pela falta de um pensamento genuíno sobre o “si mesmo feminino” na situação de parto, lactação, criação e maternagem em geral- é desenvolver uma reflexão sobre o puerpério baseando-nos em situações que às vezes não são nem tanto física, nem visível, nem tão concreta, mas não por isso são menos reais. Vamos falar em definitivo do invisível, do submundo feminino, do oculto. Do que está mais além do nosso controle, mais além da razão para a mente lógica. Tentaremos nos aproximarmos da essência do lugar onde não há fronteiras, de onde começa o terreno do místico, do mistério, da inspiração e da superação do ego. Para falar do puerpério, teremos que inventar palavras, ou outorgá-las um significado transcendental.
O problema para a mamãe recente é que se encontra simultaneamente com o bebe real que chora, demanda, mama, se queixa e não dorme…e ao mesmo tempo com sua própria sombra (desconhecida por definição) , inabacárvel e indefinível.
Porém concretamente com que aspectos de sua sombra se encontram? Cada ser humano tem sua personalíssima história e obstáculos a recorrer, portanto só um trabalho profundo de introspecção, busca pessoal, encontro com suas dores antigas e coragem poderá guiar-nos até o interior dessa mulher que sofre através da criança que chora.
O puerpério é uma abertura de alma. Um abismo, Uma iniciação. Se estivermos dispostas a submergirmos nas águas de nosso eu desconhecido.

Traduzido por Flavia Penido: http://bebedubem.blogspot.com/2011/01/o-puerperio-laura-gutman.html

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sampa para crianças

Olá pessoal,

Esqueci de dar um toque do meu blog novo, Sampa para crianças, com dicas para passear e outras coisitchas mais, pensado especialmente para a molecada.
Dêem uma passadinha lá para conhecer.

http://saopauloparacriancas.blogspot.com/
Twitter: @SPparacriancas